Da mesma forma, a mãe também está sempre na criança. Os dois, pai e mãe, compõem o que é aquele ser. Em muitos atendimentos em minha pratica forense observo a dificuldade dos pais, após a separação conjugal, em permitir que a criança transite entre o amor do pai e da mãe. Motivados por mágoas e desilusões o casal parental se acusa mutuamente colocando o filho em meio a este campo de batalha, na maioria das vezes, diante da própria dor, perdem de vista o sofrimento do filho, não imaginam como a criança se torna culpada, sentindo-se responsável pelo fim do amor entre os pais e ainda que colocou em risco seu direito ao amor dos pais e pertencimento à família.
Estas fantasias infantis geram grande sofrimento e futuramente a criança se pune por isto não se permitindo ser feliz na vida adulta.
Nos atendimentos realizados às crianças elas se mostram divididas e sentem que precisam tomar partido.
Os dois, pai e mãe, compõem o que é aquele ser, isso é fato e não pode ser mudado pela vontade de ninguém.
"se a mãe permite acesso da criança ao pai, o filho terá sucesso.
A mãe é a vida. O pai é o mundo."
"O pai está sempre presente na criança. Quando eu rejeito o pai, rejeito também a criança. A criança sente isso e fica dividida. Não pode ficar completa.”
Bert Hellinger
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